quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Avaliação, novos resultados, reavaliações e fim do 3o bimestre


Salve salve pessoas... uma vez mais, pra não perder o costume, desculpem pela demora. Este ano atípico de copa + eleição, somou-se no meu cotidiano com doutorado, inferno astral, preparativos de festa de aniversário e outras coisas mais. Tanto que não consegui colocar aqui no blog o balanço do bimestre antes de agora. Eu o fiz antes do conselho de classe, que foi semana passada, e tenho agora a experiência de pela primeira vez fazer minha análise já tendo dialogado com meus colegas.
O 3o bimestre não é mais um momento de avaliação apenas propositiva, mas sim de analisar o que foi construído ao longo do 1o semestre. As propostas e costumeiras correções de rota devem sinalizar se os educandos conseguiram ganhar autonomia de vôo ou se carecem de um esforço concentrado para conseguir prosseguir ou não de ano.
Como conversava com alguns amigos hoje, eu sou a favor da aprovação cíclica, entendendo que a retenção deve ser uma exceção justificada por necessidades particulares, que serão atacadas no ano seguinte. Ainda assim, minha escola trabalha com o modelo de reprovação tradicional, costumeira arma na mão dos professores tão sucateados em seus poderes. Pouca boa vontade existe no sentido de problematizar como a reprovação é a mais direta reprodução de nosso sistema competitivo, meritocrático e alienante.
Dito isto, o 3o bimestre é um dos que eu e os estudantes mais nos divertimos. Nas turmas de 6o ano, tratamos dos mitos de quatro civilizações: Mesopotâmia, Egito, China e Índia. Esses mitos servem como ponto de partida para a discussão da formação desses quatro povos à beira dos rio Tigres, Eufrates, Nilo, Indo e Amarelo, suas divisões sociais, culturas e importância. Esse ano, por sugestão de um grande amigo no ano passado, passei a realizar as encenações de cada um dos mitos e não só do mito da Guerra de Tróia no 4o bimestre. Deu super certo... passou a ser o momento mais esperado por todas as sete turmas. E ai de mim se não realizasse o teatro do mito. 

O 6o ano A é uma turma que melhorou muito, embora a maior parte dos seis repetentes dela tenha retornado ao comportamento indisciplinado e apático do ano anterior. Com exceção do aluno 7, que segue bem e é um dos melhores casos esse ano (após repetir o 6o ano com louvor por duas vezes), os outros 5 caíram. O aluno 8 se encontra reprovado por faltas e o aluno 10, apesar de ter chance comigo, já está reprovado em cinco outras matérias e não conta com a simpatia de nenhum professor pelos problemas disciplinares. Os alunos 1, 20 e 22 ainda requerem atenção, mas devem passar, embora 1 necessite de atenção especial.
Além destes, entre os alunos regulares houveram 3 outros abandonos com reprovação por faltas: 3, 24 e 33. Os estudantes 11, 19 e 26, apesar de um acompanhamento individualizado persistiram no comportamento evasivo, faltando muito e tendo enorme dificuldades nas atividades, mostrando a necessidade de realizarem o 6o ano de maneira completa. A aluna 28 teve uma queda acentuada no desempenho em todas as disciplinas e também será retida, assim como a aluna 31, que ainda acredito ser possível recuperar, mas que encontra-se em situação gravíssima em todas as matérias.
Ainda que a maior parte da turma não vá ter problemas em passar para o 7o ano, casos que requerem cuidados são 5, 14, 16 e 29.
Os destaques da turma na minha disciplina, ou seja, aqueles que já consolidaram um bom rendimento e mostraram terem uma capacidade de aprendizagem bem consolidada são 2, 4, 7, 9, 12 e 25.

O 6o ano B é a turma que mais melhorou nesse bimestre. Aqui também foi o lugar onde a individualização do atendimento aos alunos com defasagem mais deu retorno. Entre os cinco repetentes, apenas 7 teve queda de rendimento e de disciplina, que já o colocam como reprovado em mais de cinco matérias. É o mesmo caso do aluno 21, embora esse tenha melhorado comigo e me pareça ter condições de avançar. A aluna 28 teve boa melhora e tem chances se continuar respondendo ao acompanhamento individual. A aluna 6 teve melhora e não deve ser problema, enquanto que a estudante 22 é um dos destaques da turma e de todo 6o ano.
Dentre os educandos regulares, já se encontram reprovados por abandono total ou relativo 11, 12, 17, 24, 30 e 31. Dentre estes, o aluno 12 foi o único da turma que não correspondeu ao acompanhamento individualizado. Também devem ser retidos por questões de caráter psicológico a aluna 25.
Entre aqueles que requerem atenção particular: 5, 9, 26 e 29. Sendo que com exceção de 26, os outros três devem entregar o trabalho de biografia dos avós do 1o bimestre para poderem prosseguir.
Há aqui um bom número de destaques: 2, 3, 4, 10, 14, 15, 16, 20 e 22.

O 6o ano C é a turma de que sou conselheiro e apesar de apresentar significativa melhora no trabalho comigo, não é o mesmo com os demais professores. Há um grande número de estudantes de comportamento problemático aqui colocados justamente para ficarem sob a minha tutela. Eu vejo avanços, mas existe muita resistência dos meus colegas em enxergar avanços tímidos de educandos problemáticos. Ainda assim, tenho que reconhecer que dos quatro repetentes da turma, três tiveram queda de desempenho, já estando dois deles retidos para o ano que vem: 6 e 26. Eu ainda acredito poder dar uma sacudida final na aluna 6, mas é um caso muito difícil. O aluno 8, mesmo com a queda, deve passar de ano. O estudante 21 teve melhora apesar da parte disciplinar e deve progredir.
A turma conta com quatro abandonos: 14, 22, 29 e 32. Além destes, pelo fraco desempenho, mesmo com acompanhamento individual, também serão retidos 2, 4, 9 e 19. O estudante 4 apresentou uma melhora tímida e tô tentando um milagre aqui ainda. As estudantes 7 e 13 são casos parecidos, embora as notas estejam um pouco melhores e seja preciso controlar as faltas, têm chances de passar.
Também devo concentrar esforços nos educandos 18, 30 e 31. Todos casos difíceis, mas que vem respondendo ao acompanhamento.
Entre os destaques, o aluno 11 é certamente o meu predileto de todo o 6o ano e um excelente representante de turma. Também são destaques 3, 15, 17, 23 e 24.

O 6o ano D é curiosamente a turma mais cansativa de trabalhar, mas a com melhor rendimento coletivo nas avaliações da maioria dos professores. Alguns casos que preocupavam tiveram significativa melhora, restando poucos casos para reprovação além dos abandonos.
Essa turma possui apenas uma repetente, 24, que mostrou excelente melhora no rendimento e no comportamento e já está praticamente passada de ano. São cinco casos de abandono (incluindo o outro repetente que havia na turma): 2, 12, 18, 20 e 30. Com isso, existem outros três alunos já reprovados, 7, 16 e 17, que necessitam de um acompanhamento mais profundo ao longo do ano que vem.
Requerem cuidados, mas devem passar após a recuperação final 1, 15, 23 e 27. Aqui é só uma questão de ficar no pé.
Os destaques da turma que já estão aprovados são 4, 9, 10, 11, 19 e 22. A educanda 10 também é um destaque entre todos do 6o ano.

O 6o ano E começou a no como a turma mais promissora, mas degringolou ao longo do ano. Talvez a falta de um trabalho mais atento de um professor com a turma seja uma razão. Casos recorrentes de indisciplina e rixas internas dificultaram a socialização da turma.
Entre os três repetentes, 25 abandonou, enquanto que 2 e 8 melhoraram e devem prosseguir. Ainda assim, a aluna 2 parece ainda com dificuldades em deslanchar pelas próprias pernas e 8 continua com constantes problemas de disciplina.
Também abandonaram 10, 15 e 35, enquanto que 14, 20, 21, 22 e 32 já estão reprovados em cinco ou mais matérias com meus colegas. Todos tem chance de passar comigo ainda e acredito que posso ainda ajudar alguns casos, como de 14 e 22, que precisam apenas de mais esforço e responderam ao acompanhamento individualizado, e de 32, que chegou durante o ano.
Também necessitam de atenção cuidadosa 3, 7, 11, 13, 28 e 33, todos casos delicados, mas que podem seguir após a recuperação final.
O educando 9 é o grande destaque da turma, onde os bons desempenhos pouco frutificaram. Mesmo assim já estão passados 1, 4, 6, 23 e 29.

O 6o ano F apresentou significativa melhora, muito embora ainda seja uma turma em situação difícil. Houve um generalizado crescimento do interesse e da participação com o afastamento dos alunos para o acompanhamento particular. Enquanto a turma melhorou, nenhum dos estudantes trabalhados individualmente correspondeu.
A turma tem quatro repetentes, dos quais duas abandonaram, 17 e 24. O educando 5 é um dos destaques da turma e entre todos os repetentes do 6o ano. O aluno 8 apresentou melhora, mas o excessivo número de faltas já o coloca também como abandono. Além destes também abandonaram: 6, 7, 29 e 30.
Serão retidos e precisam de um acompanhamento cuidadoso e particular por todo o ano que vem 14, 19 e 21. Os três tem capacidades para um bom desenvolvimento mas tem carências familiares e disciplinares, não tendo respondido ao acompanhamento individualizado ao longo do 3o bimestre.
Necessitam de cuidados, mas devem passar: 1, 10, 12 e 32. O caso de 32 que chegou no fim do bimestre é crítico.
Entre os destaques, além de 5, posso acrescentar 3, 4, 9, 15, 16, 20 e 23.

O 6o ano G  é uma turma grande, o que complica um pouco as coisas. Ela tem trinta e quatro alunos, quatro a mais do que a média das outras turmas. Existem alunos difíceis e alguns dos casos de maiores conflitos no 6o ano. Ainda assim, a turma tem bom rendimento e, proporcionalmente, poucos casos de muita atenção. Aqui, o acompanhamento individualizado teve sucesso com alguns educando, mas nenhum êxito com outros.
A turma conta com 5 repetentes: 3, 16, 19, 20 e 23. Dentre eles, o aluno 16 abandonou, a estudante 3 tem bom rendimento e seguirá para o 7o ano, assim como 23 que teve queda de rendimento, deixando de ser um dos destaques, mas ainda rendendo o suficiente. Os alunos 19 e 20 requerem atenção cuidadosa, mas tem boas chances de prosseguir.
Também são casos de abandono 10, 18, 24 e 30.  Entre os reprovados, o aluno 13 é um caso de total indisciplina e encaminhado ao SOE, necessitando de acompanhamento psicológico cuidadoso. O baixo rendimento e participação também justificam a retenção de 29, 18, 13 e 26, muito embora os três últimas tenham correspondido no acompanhamento individualizado e possam conseguir passar com uma recuperação continuada e a recuperação final.
Necessitam de atenção particular 1. 21 e 27.  A aluna 31, que chegou durante o ano, é um caso grave que também apresentou pouco desenvolvimento.
A turma tem um bom número de destaques, em especial, da educanda 2. Além dela, 9, 14, 15, 16, 28, 33 e 34.

Nas turmas de 8o ano, o 3o bimestre é um bimestre de recuperação. No geral, as notas são baixas no 2o bimestre pela prova exigente sobre o livro A Utopia. No 3o bimestre, o tema é terra e propriedade: feudalismo europeu. Estudar a Idade Média da Europa é complicado, após estudar a Revolução Francesa. Minha ideia é uma arqueologia, mas é preciso muito cuidado para não haver maiores confusões. Minha ideia é explorar e desenvolver imaginários, que alcançam outras possibilidades de sonhar a Idade Média.
Com isso, há a apresentação de seminários e as notas são significativamente melhores com o trabalho em grupo e a avaliação de outras capacidades além das de uma prova discursiva.

O 8o A teve uma queda sensível, tanto no aspecto disciplinar quanto nas notas. Muito embora a turma ainda seja proveitosa em seu intuito de recuperar e habilitar educandos com experiência de repetidas retenções, passagem por turmas de aceleração e problemas extra-escolares, já há um número significativo de desistências. Mesmo assim, os números são mais animadores que os dos anos anteriores.
Entre os abandonos temos: 21, 22, 24, 31 e 33.
Entre o baixo rendimento e desinteresse: 3, 5, 8, 12, 15, 18, 20, 29 e 35. Acredito que o caso de 29 possa ser revisto, embora exija muito cuidado
Necessitam de continuidade no acompanhamento individualizado 2, 16, 27 e 39.
Entre os destaques da turma temos 6, 23 e 37.

O 8o E, que pecava muito pela disciplina, teve uma grande melhora nesse bimestre. A turma teve melhora de rendimento e tem um panorama relativamente tranquilo para a maioria dos estudantes.
Entre os abandonos temos 12, 18, 20 e 39.
Além destes, estão reprovados 11, 16, 21 e 36. Com exceção do primeiro, ainda acredito ser possível investir num milagre para algum dos três últimos, embora não tenham mostrado avanços especiais que justifiquem minha esperança.
Precisam de alguma atenção: 7, 23, 24 e 33. O caso de 24 é o mais grave e pretendo ajudá-lo em todas as disciplinas.
Podemos destacar nessa turma 10 e 17.

O 8o F é a menina dos meus olhos para resumir. Embora estejam conversando um pouco demais pro meu gosto.
Existem aqui dois casos candidatos à retenção: 12 e 24. Ambos são alunos especiais, com laudo e seus casos devem ser tratados com atenção maior no conselho final. Ainda assim, a possibilidade de retenção é a mais forte.
Não existem abandonos. São dois também os casos que requerem algum cuidado e apoio: 15, 33 e 39.
Merecem destaque como os melhores educandos do 8o ano 1, 14 e 30. Além do trio, são destaques 2, 3, 6, 13, 19, 26, 29 e 31.